O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é resultado da fusão do Programa Ampliado das Nações Unidas de Assistência Técnica, criado em 1949, e do Fundo Especial das Nações Unidas, estabelecido em 1958. O PNUD, como o conhecemos hoje, foi estabelecido em 1965 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
O PNUD trabalha em cerca de 170 países e territórios, ajudando a erradicar a pobreza, reduzir desigualdades e exclusões, e construir resiliência para que os países possam sustentar o progresso. Como a agência de desenvolvimento da ONU, o PNUD desempenha um papel crucial em ajudar os países a alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O mandato do PNUD é acabar com a pobreza, promover governança democrática, estado de direito e instituições inclusivas. Nós advogamos por mudanças e conectamos os países ao conhecimento, experiência e recursos para ajudar as pessoas a construírem uma vida melhor.
O PNUD implementa diversos projetos em diferentes áreas e oferece assistência técnica, operacional e de gestão aos seus parceiros por meio de acesso a metodologias, conhecimento especializado, aconselhamento de experts e uma ampla rede de cooperação técnica internacional.
Para contribuir com o desenvolvimento humano, redução da pobreza e crescimento do país em áreas prioritárias, o PNUD Brasil tem a constante missão de alinhar seus serviços às necessidades de um país dinâmico, multifacetado e diverso. Os projetos são realizados em parceria com o governo brasileiro, instituições financeiras internacionais, setor privado e sociedade civil.
O PNUD Brasil, no âmbito de sua estratégia de cooperação descentralizada, vem apoiando governos subnacionais no fortalecimento da governança inclusiva e na promoção do desenvolvimento sustentável. Neste contexto, o Projeto Amazônico de Gestão Sustentável (PAGES), uma iniciativa conjunta com o Governo do Estado do Maranhão (GEM) e financiamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), tem como foco principal o combate à pobreza rural e à degradação ambiental na região amazônica maranhense.
O projeto PAGES está estruturado em quatro componentes complementares, voltados à promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo em territórios rurais da Amazônia. O Componente 1 – Gestão Integrada da Paisagem visa a conservação das florestas, a restauração de áreas degradadas e o fortalecimento dos meios de vida sustentáveis. O Componente 2 – Desenvolvimento de Cadeias de Valor e Infraestrutura Básica foca no fortalecimento das cadeias de valor de produtos florestais não madeireiros e na melhoria da infraestrutura de apoio à produção e escoamento, com vistas à geração de renda e inclusão produtiva. O Componente 3 – Fortalecimento Institucional e Capacitação tem como objetivo ampliar as capacidades técnicas e de gestão de instituições públicas e organizações sociais atuantes no território. Por fim, o Componente 4 – Gerenciamento do Projeto, Conhecimento e Cooperação Sul-Sul (SSTC) assegura a governança, o monitoramento de resultados, a gestão do conhecimento e o intercâmbio de experiências com outros países em desenvolvimento.
O Componente 01 – Gestão Integrada da Paisagem tem como objetivo promover a gestão territorial integrada e sustentável da paisagem rural, por meio da implementação de ações articuladas que contribuam para a conservação das florestas primárias e secundárias remanescentes, o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e a promoção de meios de vida sustentáveis para populações rurais em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Adicionalmente, o componente visa à recuperação de áreas degradadas, com foco na restauração ecológica e produtiva, de modo a assegurar a manutenção e a ampliação dos serviços ecossistêmicos essenciais, tais como a regulação da quantidade, qualidade e regime das águas, a polinização, a conservação dos solos e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Com duração de seis anos (2022-2028) e orçamento total de US$ 37 milhões – sendo US$ 17 milhões do FIDA, US$ 16 milhões do GEM e US$ 4 milhões de contrapartida dos beneficiários – o PAGES tem como meta beneficiar diretamente 64 mil pessoas em comunidades rurais da Amazônia maranhense. Entre seus principais objetivos estão a melhoria dos meios de subsistência através de sistemas produtivos sustentáveis, a redução em 6 milhões de toneladas equivalentes de emissões de CO₂, e o fortalecimento da governança ambiental e da segurança jurídica sobre a posse da terra.
A atuação do Voluntário (a) da ONU será fundamental para o alcance dos resultados esperados, especialmente no que tange à execução eficiente das ações previstas no Componente 01. Suas atividades estarão diretamente alinhadas aos objetivos estratégicos do projeto, contribuindo de maneira decisiva para a redução do desmatamento, o aumento da resiliência climática das comunidades rurais e a promoção de um modelo de desenvolvimento territorial sustentável, que equilibre as dimensões social, econômica e ambiental.
O (a) Voluntário (a) da ONU trabalhará sob a orientação da Coordenação Geral do PAGES em estreito diálogo com a Coordenadora do Escritório de Projetos do PNUD em Teresina, quando necessário, em diálogo com o Secretário de Agricultura Familiar do Estado do Maranhão e em alinhamento com os órgãos governamentais envolvidos na implementação do PAGES, bem como com outras partes interessadas para garantir o bom andamento das atividades do projeto.
O (a) Voluntário (a) da ONU responsável pelo componente da Gestão Integrada da paisagem terá o objetivo de garantir que o projeto implemente as atividades de campo relativas ao Componente de forma eficaz e eficiente para que cumpra suas obrigações perante o GEM e o FIDA, com atenção especial aos aspectos decisórios relacionados ao gerenciamento de suas atividades, no que se refere a supervisão de pessoal, articulação entre atores, execução de atividades propostas na sua gerência, elaboração e entrega de relatórios tempestivamente, além de outras responsabilidades advindas de seu cargo, sempre com alinhamento e observância às decisões da Coordenação Geral e alinhamento com a Coordenação Técnica do Projeto.
Especificamente, ele/ela deverá coordenar ações voltadas para atingir os objetivos propostos, tais como o alcance de fortalecimento da gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas, com a conservação das florestas primárias e secundárias remanescentes; a restauração das áreas degradadas proporcionando a manutenção e o aumento dos serviços ambientais (ex. regulação da quantidade, regime e qualidade da água, polinização, conservação do solo e a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a segurança alimentar e nutricional, cominado com a geração de renda e a sustentabilidade e resiliência dos meios de vida das populações vulneráveis.
Sua atuação deverá estar em alinhamento com as atuações no que concerne à execução das ações programadas no âmbito do PAGES, referente ao Acordo formalizado entre o FIDA e o GEM, com o propósito de utilizar suas capacidades para que as atividades sejam executadas de forma eficaz e eficiente, de forma tempestiva e com qualidade.
a) Coordenar técnica e administrativamente a implementação das atividades do Componente 01, assegurando sua aderência aos objetivos estratégicos do Projeto e o alinhamento das ações com as diretrizes estabelecidas; apoiar tecnicamente a elaboração do Plano Operativo Anual (POA) e do Plano de Aquisições e Contratações (PAC), contribuindo com recomendações estratégicas quando solicitado; bem como acompanhar as atividades de campo relacionadas ao Componente 01, assegurando a adequada orientação técnica, o cumprimento dos planejamentos e a qualidade na execução das ações.
b) Prestar orientação e suporte técnico contínuo às equipes locais contratadas e às associações de beneficiários rurais, contribuindo para a identificação de atividades econômicas viáveis e para a elaboração de projetos de investimento produtivo resiliente e agroflorestal.
c) Assegurar comunicação contínua e articulação direta com a Coordenação Geral e Técnica do Projeto, garantindo o alinhamento das demandas, o fornecimento de informações pertinentes e a colaboração nas missões de supervisão e apoio à implementação do FIDA.
d) Elaborar, sistematizar e encaminhar relatórios técnicos periódicos de execução do Componente às instâncias de supervisão e ao FIDA/GEM, conforme as orientações da Coordenação Geral e Técnica.
e) Manter estreito diálogo com os especialistas do Projeto de modo a garantir que as ações desenvolvidas no componente 1 contemplem os eixos transversais do Projeto – gestão do conhecimento; povos e comunidades tradicionais; gênero, nutrição e juventude, bem como os demais componentes.
f) Organizar e participar de eventos institucionais, como workshops, reuniões e consultas, promovendo a articulação e a mobilização dos atores envolvidos na execução do Projeto; apoiar a mobilização social e o engajamento efetivo das comunidades beneficiárias, garantindo sua participação ativa e inclusiva nos processos de planejamento, implementação e monitoramento das atividades do Componente;
g) Articular-se com órgãos governamentais, organizações da sociedade civil e demais parceiros institucionais para promover a coordenação e a integração das ações do Componente 01 em conjunto com a Coordenação do Componente 03, visando à otimização de recursos, à criação de sinergias interinstitucionais e à minimização de redundâncias;
h Contribuir para a sistematização, documentação e disseminação de conhecimentos, boas práticas e lições aprendidas, fomentando a replicabilidade e o fortalecimento institucional no âmbito do Componente 01.
i) Apoiar a elaboração e revisão de termos de referência, planos de trabalho, relatórios técnicos e demais documentos pertinentes às atividades produtivas, de restauração ecológica e conservação previstas no componente.
h) Subsidiar com informações sobre os indicadores de desempenho e os resultados a serem alcançados pelo Componente 01, em estreito diálogo com a equipe de Monitoramento e Avaliação (M&A) do Projeto, assegurando a qualidade e a consistência dos dados reportados; identificar, analisar e gerenciar riscos operacionais e institucionais associados à execução das ações do Componente, propondo medidas preventivas e corretivas para garantir a efetividade, a eficiência e a sustentabilidade dos resultados.
i) Contribuir para a elaboração, implementação e monitoramento de Planos de Gestão Integrada (PGIS), com foco na promoção de sistemas produtivos agroecológicos e agroflorestais adaptados às realidades locais, respeitando os saberes tradicionais e promovendo práticas sustentáveis de uso do solo; apoiar a identificação, o desenho e a implementação de tecnologias sociais e soluções baseadas na natureza que fortaleçam a segurança alimentar, a biodiversidade e a resiliência climática das comunidades beneficiárias.
• Experiência profissional, mínima de 04 (quatro) na administração pública, em nível municipal, estadual ou federal.
• Mínimo de 3 (três) anos de experiência relevante em ciências agrárias, agroecologia, agronomia e afins com atividades produtivas agrícolas desenvolvidas.
• Vivência em ambientes organizacionais, preferencialmente em projetos relacionados ao desenvolvimento sustentável, agroecologia e políticas públicas.
• Formação acadêmica de pós-graduação stricto sensu (mestrado) nas áreas Mestrado em Agroecologia, Meio Ambiente, Desenvolvimento Rural, com produção técnica e científica relevante ao escopo do projeto.
• Experiência na implementação de sistemas produtivos agroecológicos e agroflorestais, incluindo metodologias participativas com comunidades locais, identificação de cadeias de valor e elaboração de projetos produtivos resilientes.
• Conhecimento aprofundado em políticas públicas de desenvolvimento rural sustentável, gestão territorial e ambiental.
• Conhecimentos técnicos amplos que compatibilizem produção agrícola, sustentabilidade, qualidade e segurança dos alimentos e extensão rural.
• Habilidade em articulação interinstitucional e mobilização comunitária, com histórico de atuação em processos de diálogo entre governos, organizações da sociedade civil e comunidades beneficiárias.
Habilidades requeridas:
• Capacidade de elaborar documentos técnicos de forma clara e concisa e elaboração de relatórios para projetos de desenvolvimento rural;
• Habilidade em manter registros e listas de contatos atualizados, além de gerenciar informações em planilhas e arquivos em nuvem;
• Disponibilidade para participar de cursos e treinamentos adicionais, visando o aprimoramento contínuo.
Habilidades Desejáveis:
• Facilidade em trabalho em equipe, mediação de conflitos e comunicação entre setores públicos, organização da sociedade civil e agricultores/agricultoras familiares;
• Conhecimento intermediário no Sistema Eletrônico de Informação (SEI).
Diferenciais:
• Capacidade de priorizar tarefas e gerenciar prazos em um ambiente dinâmico;
• Capacidade de coordenação técnica e administrativa de projetos socioambientais complexos, preferencialmente com experiência comprovada em projetos financiados por organismos internacionais (ex.: FIDA, PNUD, Banco Mundial), envolvendo múltiplos atores institucionais;
• Habilidade para avaliar informações e propor soluções que contribuam para a efetividade das iniciativas do projeto.
Competências Essenciais
Alcançar Resultados – NÍVEL 1: Planeja e monitora seu próprio trabalho, presta atenção aos detalhes, entrega trabalho de qualidade dentro do prazo.
Pensar de Forma Inovadora – NÍVEL 1: Aberto a ideias criativas/risco conhecido, resolve problemas de forma pragmática, promove melhorias.
Aprender Continuamente – NÍVEL 1: Mente aberta e curiosa, compartilha conhecimento, aprende com os erros, solicita feedback.
Adaptar-se com Agilidade – NÍVEL 1: Adapta-se a mudanças, lida de forma construtiva com ambiguidade/incerteza, é flexível.
Agir com Determinação – NÍVEL 1: Demonstra impulso e motivação, entrega resultados com calma diante da adversidade, é confiante.
Engajar e Colaborar – NÍVEL 1: Demonstra compaixão/compreensão pelos outros, constrói relacionamentos positivos.
Promover Diversidade e Inclusão – NÍVEL 1: Valoriza/respeita as diferenças, tem consciência de vieses inconscientes, enfrenta a discriminação.
Competências Transversais e Técnicas
Gestão de Negócios e Estratégia
Pensamento Estratégico: Desenvolver estratégias eficazes e planos priorizados alinhados à missão e aos objetivos do PNUD, com base em uma análise sistêmica dos desafios, oportunidades e riscos potenciais; conectar a visão geral à realidade local para criar soluções tangíveis e direcionadas; aprender com diversas fontes para antecipar e responder efetivamente às tendências atuais e futuras; demonstrar visão de futuro.
Pensamento Sistêmico: Capacidade de usar análise de problemas objetiva e julgamento para entender como elementos inter-relacionados coexistem dentro de um processo ou sistema geral, e considerar como a alteração de um elemento pode impactar outras partes do sistema.
Futuros e Prospecção: Capacidade de analisar informações passadas e atuais, identificar padrões e tendências e usá-los para embasar decisões com uma perspectiva de longo prazo. Ser sensível e capaz de observar sinais fracos de mudança, explorar suas implicações potenciais e avaliar seu impacto e urgência. Utilizar criatividade e imaginação para comunicar percepções de maneira envolvente e desafiadora aos modelos mentais atuais; habilidade para desenvolver cenários e propostas especulativas que apresentem visões de futuro ou as tornem experiências. Ser capaz de facilitar debates e discussões sobre futuros possíveis; ajudar as pessoas a se sentirem confortáveis com o desconforto da incerteza.
Desenvolvimento de Negócios
Design de Inteligência Coletiva: Capacidade de reunir grupos diversos de pessoas, dados, informações, ideias e tecnologia para resolver problemas e projetar soluções ou serviços. Conhecimento e compreensão dos princípios, metodologia e práticas de Design de Inteligência Coletiva.
Gestão de Negócios
Trabalhar com Evidências e Dados: Capacidade de inspecionar, limpar, transformar e modelar dados com o objetivo de descobrir informações úteis, apoiar conclusões e subsidiar a tomada de decisões.
A atividade será realizada em São Luís – MA. O nível de segurança no Brasil é moderado (3). O Departamento de Segurança das Nações Unidas – UNDSS Brasil aconselha o alto grau de cautela no Brasil devido aos altos níveis de crimes graves e violentos, principalmente nas grandes cidades. Crimes violentos como roubos, assaltos à mão armada, sequestros e agressões sexuais são muito altos. Todo o pessoal das Nações Unidas deve cumprir os procedimentos e recomendações do UNDSS durante sua missão no Brasil.
Como esta é uma atribuição nacional de Voluntário da ONU, o Voluntário da ONU será responsável por organizar sua própria moradia e outros itens essenciais. Os Voluntários Nacionais da ONU fazem parte do plano de seguro contra ameaças.
As informações sobre os direitos e benefícios no local de trabalho estão disponíveis em https://app.unv.org/calculator
As Condições de Serviço Voluntário da ONU completas estão disponíveis em https://explore.unv.org/cos https://www.unv.org